
O candidato a Bastonário da Ordem dos Economistas, professor António Mendonça, falou dos propósitos da sua lista e salientou o papel dos economistas na construção do futuro da economia portuguesa.
O almoço-debate do International Club of Portugal, que decorreu no Sheraton Lisboa Hotel & Spa, reuniu economistas, empresários, entre outras personalidades, para ouvirem o candidato a Bastonário da Ordem dos Economistas, professor António Mendonça a expressar-se acerca da “Importância dos Economistas no Futuro de Portugal”.
Após os apertos de mãos, fotografias e um breve momento de convívio, todos sentaram-se à mesa para almoçar. Em seguida, o candidato a Bastonário e antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, subiu ao palco, cumprimentou oficialmente todos os presentes e deu início à sua intervenção. O Professor Catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG-UL), começou por fazer uma análise geral sobre a evolução da economia portuguesa desde a crise dos anos 70.
“As transformações que ocorreram na economia portuguesa desde a crise dos anos 70, com as alterações de 1974 e a participação na zona euro desde 1999, não foram suficientes para permitir a construção do modelo alternativo coerente àquilo que vigorou até então”.
O também Presidente do Conselho Pedagógico do ISEG defende que as sociedades modernas precisam de instituições fortes e atuantes que dialoguem entre si e com os órgãos de cidadania para construir consensos alargados que impulsionem o desenvolvimento do país. “As Ordens profissionais, em particular, a Ordem dos Economistas podem e devem desempenhar este papel”.
Enaltecendo a importância dos economistas, o mesmo refere: “A nossa Ordem tem o dever de mobilizar a classe para o desafio que o país tem pela frente, no qual a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem o dever de exigir ao Governo, às instituições públicas e às empresas, que reconheçam os economistas como uma classe com competências próprias que não estão ao alcance de todos. Não se trata de impedir o acesso a profissão, mas sim de garantir que ela seja exercida por quem tem competência para isso”.
António Mendonça defendeu que o ensino é um dos pilares da economia em Portugal, sendo estritamente necessário apostar na formação especializada, pois como o mesmo frisou: “Não é economista quem quer, mas sim quem tem formação e a experiência adequada para isso”.
O candidato não quis deixar de frisar que em termos globais “a Ordem dos Economistas deverá afirmar-se como um fator sistémico de sustentabilidade produzido através da sua ação enquanto organização da classe profissional dos economistas, produzindo competência, exigência, rigor, atenção às políticas, às iniciativas em curso e intervenção pública”, sempre que seja necessário manifestar a sua posição.
À New Men, o professor universitário explicou: “Candidato-me ao Bastonário porque sou membro há muitos anos, tenho trabalhado na ordem e constatei que a Ordem precisa de dar uma volta tendo em conta aos desafios que o país tem pela frente. Portanto, candidato-me porque sou atualmente presidente da Delegação Regional do Centro e Alentejo, e também em conjunto com outros colegas da Delegação Regional do Norte e a Delegação Regional do Algarve, entendemos que era oportuno conjugar os esforços no sentido de fazer uma mudança em termos do funcionamento da ordem que lhe permita afirmar-se mais na sociedade portuguesa, que lhe permita prestigiar os economistas e sobretudo que lhe permita dar o contributo para que o país possa enfrentar os desafios que tem pela frente”.
Sobre a sua lista, o candidato expõe: “É nossa intenção organizar uma grande conferência sobre ética e intervenção da fraude no papel dos economistas com o objetivo de elaborar um conjunto de recomendações ao Governo e aos órgãos de soberania e que possa constituir referência para a aplicação e monetização do Plano de Recuperação e Resiliência”.
Neste novo desafio, o que motiva António Mendonça é “mudar a Ordem, prestigiar os economistas e servir o país”.
Texto escrito por Yauri Neto