De acordo com o estudo, até ao final do século, serão perdidas entre 50 a 58 horas de sono por pessoa, por ano.
Um estudo realizado pela revista One Earth, sugere que as alterações climáticas podem vir afetar a qualidade do sono humano. Isto deve-se ao aumento das temperaturas, que têm um impacto negativo nas horas de sono das pessoas em todo o mundo.
A equipa analisou 7 milhões de dados que resultaram da avaliação de 47 mil adultos de 68 países. Verificou-se que em noites muito quentes, onde as temperaturas estavam acima dos 30ºC, o sono diminuiu em média 14 minutos. Além disso, com as altas temperaturas a probabilidade de dormir menos de 7 horas também aumentou.
Os dados sugerem ainda que, até ao final do século, serão perdidas entre 50 a 58 horas de sono por pessoa, por ano. Neste contexto, as pessoas mais afetadas serão as dos países subdesenvolvidos, e especialmente as mulheres e os idosos.
“Ao longo das estações do ano, da demografia e de contextos climáticos diferentes, as temperaturas externas mais quentes prejudicam consistentemente o sono, com a quantidade de perda de sono a aumentar progressivamente à medida que as temperaturas se tornam mais quentes”, afirma os responsáveis pelo estudo.
Kelton Minor da Universidade de Copenhaga, também reforça que “os nossos resultados indicam que o sono – um processo restaurador essencial e integral para a saúde e produtividade humana – pode ser degradado pelas temperaturas mais quentes”.
Através desta investigação também verificou-se que, no seu dia-a-dia, as pessoas se adaptam melhor às temperaturas mais frias.
Artigo por Yauri Neto