A coligação Aliança Democrática, composta pelos partidos PSD/CDS/PPM, venceu com um total de 48.668 votos (42,08%) e elegeu 26 deputados.
Nas primeiras eleições antecipadas de sempre da Região Autónoma dos Açores, convocadas após o chumbo do Orçamento para 2024 da região insular, a coligação Aliança Democrática (AD) – composta pelos partidos PSD/CDS/PPM – emergiu como vencedora, mas sem conquistar a desejada maioria absoluta.
José Manuel Bolieiro, líder da respetiva coligação e do PSD Açores, celebrou a vitória e garantiu estar disposto a governar com uma “maioria relativa”, dada a ausência de uma maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA). A Aliança Democrática, apesar de manter o mesmo número de mandatos (26) das eleições realizadas em 2020, não conseguiu atingir a maioria absoluta (mínimo de 29 mandatos, no total de 57), levantando desta forma algumas questões sobre o futuro do Governo Regional dos Açores.
A noite eleitoral nos Açores terminou com a coligação a obter um total de 48.668 votos (42,08%), elegendo 26 deputados, enquanto que o PS, que ficou em segundo lugar, conquistou 41.538 votos (35,91%) e 23 deputados. O Chega assumiu-se como a terceira força política mais votada na região insular, com 10.626 votos (9,91%), garantindo 5 deputados.
Já o BE (3.936 votos – 2,54%), a IL (2.482 votos – 2,15%), e o PAN (1.907 – 1,65%) elegeram 1 deputado cada. A destacar ainda que a abstenção foi menor em comparação com as eleições de 2020, tendo alcançado os 49,67%.
Vasco Cordeiro, líder do PS local, admitiu ter ficado “aquém dos resultados eleitorais que havia fixado como objetivo para estas eleições”. No entanto, permanece incerto o futuro político do presidente do Governo Regional dos Açores, entre os anos de 2008 e de 2020, e se haverá uma possível viabilização de um Governo liderado pela coligação Aliança Democrática, que saiu vitoriosa nesta noite de domingo (4 de fevereiro), embora sem maioria absoluta.
Estas eleições antecipadas foram desencadeadas pelo chumbo do Orçamento Regional, sendo as primeiras na respetiva região por este motivo. O panorama político nos Açores vai agora depender das negociações e alianças que se poderão formar nos próximos dias, à medida que se desenha o futuro Governo Regional.