
As tradições para quem acredita nos golpes de sorte.
Não é segredo que nas doze badaladas da meia-noite é tradição comer doze passas enquanto pedimos 12 desejos. Subir para cima da cadeira, saltar com o pé direito ou vestir as célebres cuecas azuis são algumas das pequenas superstições que podem realmente fazer diferença na virada do ano. Mas afinal, de onde vêm estas tradições e superstições?
Ao longo dos anos o homem tem utilizado rituais repetidos como tradições, que servem com o propósito de o proteger contra os infortúnios e atrair aquilo que mais desejam: saúde, amor e dinheiro. Todas as tradições – que só nos lembramos no último dia do ano – são originarias de tempos antigos e de situações que foram consideradas influentes ao longo da nossa história. Fique a saber o significado de cada uma.
Comer doze passas
Esta é talvez a tradição mais comum e que, quase toda a gente, segue na noite de ano novo. Não há uma explicação certa, mas pode estar relacionada com o facto de seguirmos o calendário solar, uma vez que os meses se sucedem consoante a posição do Sol visto da Terra. Somos ensinados que cada passa representa um dos doze meses do ano, e por essa razão, temos direito a pedir um desejo por cada passa que comemos. A passa foi o alimento escolhido porque são abundantes nesta época festiva do ano.
Brindar com champanhe
As civilizações antigas consideravam o álcool como fonte de vitalidade e saúde, e como é de conhecimento geral, com um copo ou dois as pessoas tornam-se geralmente mais soltas e alegres. Diz-se que não se pode brindar com água, porque afinal, é o álcool que simboliza a vida e a renovação de forças.
Bater com tachos e panelas
Conta-se que na altura do império romano, quando havia um eclipse as pessoas faziam barulho para afastar o perigo de o Sol não voltar. Na noite de passagem de ano, o barulho dos tachos e panelas a bater serve para afugentar o medo de tudo aquilo que nos assusta.
Subir para uma cadeira e saltar com o pé direito
É comum subirmos para uma cadeira como forma simbólica de estarmos mais perto do Céu, num momento de transição. É comum saltar “com o pé direito” para entrarmos “em bem” no novo ano.
Não passe o ano novo com os bolsos vazios
Pelo sim, pelo não, começar o novo ano com algumas notas na mão traz-nos a confiança de que dinheiro atrai dinheiro. No século XIX, no primeiro dia da primavera, surgiu a tradição de, ao ouvir o cuco cantar, se devia levar a mão ao bolso e tocar em dinheiro, atraindo riqueza para o ano seguinte. Segundo a lei da atração, atraímos aquilo que pensamos, por isso, não se esqueça de ter umas quantas notas à mão.
Vestir cuecas novas e azuis
Usar roupa nova deixa-nos bem-dispostos, com uma sensação de renovação. Atribui-se ao azul o poder de atrair a sorte. Diz-se que devem ser cuecas, uma vez que é o elemento que mais está em contacto com a nossa pele. No entanto, há quem prefira roupa vermelha para atrair o amor ou amarela para afastar os problemas financeiros. Superstições à parte, o melhor é não se esquecer de comprar umas cuecas novas.
Mergulhos no mar
Em algumas zonas costeiras, principalmente no Norte do país, há a tradição de iniciar o novo ano com um mergulho no mar. Esta tradição assemelha-se a um ritual de passagem que implica coragem e resistência no ano novo, tendo em conta a temperatura da água.
Sejam quais forem as suas tradições de Ano Novo, não há nada como manter o pensamento positivo e pelo sim pelo não, usar as novas cuecas azuis e comer as 12 passas enquanto sobe a uma cadeira lá de casa. Boas entradas!
Este artigo foi escrito por Beatriz Bernardino